O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, no final de abril, que a taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,2% no primeiro trimestre de 2020 e agora atinge a 12,9 milhões de brasileiros. Ou seja, houve um aumento de 1,2 milhão de desempregados em três meses. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

O IBGE também aponta que, no primeiro trimestre de 2020, houve queda de 2,5% na população ocupada e de 7% entre os trabalhadores com carteira assinada. Das 2,3 milhões de pessoas que deixaram o contingente de ocupados, 1,9 milhão é de trabalhadores informais. Segundo a PNAD Contínua, atualmente há 36,8 milhões de trabalhadores informais no país.

Houve diminuição de emprego em todas as áreas formais: indústria (2,6%), construção (6,5%), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,5%), alojamento e alimentação (5,4%), outros serviços (4,1%) e serviços domésticos (5,9%). Ainda de acordo com a PNAD Contínua, o total de pessoas fora da força de trabalho subiu para 67,3 milhões, batendo novo recorde em 8 anos. Esse grupo é composto por pessoas que não procuram trabalho recentemente, mas que não se enquadram no desalento (4,8 milhões), que já desistiram de procurar emprego há muito tempo. 

Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, o impacto da pandemia de Coronavírus (COVID-19) ainda é pequeno nos dados da PNAD. “Grande parte do trimestre ainda está fora desse cenário”, comentou. A pandemia também fornece mais dados para entender a situação do mundo do trabalho no país. Houve quase 100 milhões de solicitações para receber o Auxílio Emergencial de 600 reais, e mais de 50 milhões de pessoas já tiveram o cadastro aprovado pela Caixa Econômica Federal. 

Assessoria ADUFPel com informações e imagem de IBGE.