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Reitoria da UFF despeja sede do sindicato de servidores do campus

O reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Sidney Mello, acionou a Polícia Federal para despejar o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFF (Sintuff) das dependências que ocupam há anos na instituição, no campus Valonguinho, no centro de Niterói (RJ), na manhã de sábado (2).

A operação, com muitos policiais, começou nas primeiras horas da manhã. Os móveis e objetos da sede foram retirados e colocados em um caminhão de mudanças. Os dirigentes do sindicato foram proibidos pela polícia de entrar na sede. A Reitoria alegou que cumpre decisão judicial – que só existe porque o reitor decidiu seguir adiante com a sua intenção de desalojar o sindicato.

O Sintuff possui outra sede, própria, mas a retirada da entidade das dependências da universidade – o que é tradição de décadas na maioria das universidades federais e mesmo estaduais do país -, é um ato singular e de repercussão nacional. Nem o interventor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no governo de Fernando Henrique Cardoso, na década de 1990, chegou a tanto.

Lígia Martins, coordenadora-geral do Sintuff, criticou a ação da Reitoria da UFF. “O despejo foi uma atitude de perseguição política, por parte de uma Reitoria que se nega a dialogar com o sindicato. A questão não é falta de espaço na universidade, e, sim, a truculência do reitor que quer retirar direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores da UFF”, avaliou a servidora.

Dirigentes da Associação dos Docentes da UFF (Aduff-Seção Sindical do ANDES-SN) acompanharam a ação de despejo da Sintuff, em solidariedade à entidade parceira e aos servidores técnico-administrativos da instituição. “É nosso papel denunciar essa seletividade: ao mesmo tempo em que o Sintuff não pode ocupar o espaço público, nós observamos que a universidade tem sido privatizada cada vez mais. Aqui mesmo no Valonguinho, são realizados uma série de cursos pagos”, disse Márcio Malta, diretor da Aduff-SSind. “Por que um sindicato que representa a sua categoria não pode ocupar esse espaço?”, questionou o professor.

61º Conad repudia ação da Reitoria da UFF

A ação da Reitoria repercutiu mal no 61º Conselho do Sindicato Nacional dos Docentes (61º Conad-Andes-SN), que aconteceu de 30 de junho a 3 de julho na Universidade Federal de Roraima (UFRR), em Boa Vista (RR), reunindo professores de todas as partes do país. A presidente do Andes-SN, Eblin Farage, classificou o ato da Reitoria de “autoritário” e em consonância com um reitor que não dialoga mais com a comunidade universitária.

Eblin observa que o uso de forças de segurança para administrar a universidade se tornou uma prática comum à Reitoria. Ela relembra o que ocorreu na votação da adesão à Ebserh, em uma sessão do Conselho Universitário fora das dependências da UFF e cercada por aparato policial. E ainda menciona recente caso em que a administração central da UFF chamou a polícia para reprimir vendedores ambulantes dentro do campus do Gragoatá. “É fundamental que professores, técnicos e estudantes se unam para a que a gente não tenha nos próximos anos mais atitudes conservadoras e autoritárias por parte dessa Reitoria”, disse.

Com informações e imagem de Aduff-SSind

Fonte: ANDES-SN

 

 

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