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Rio Grande recebe seminário sobre história do movimento docente

A Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Rio Grande (APROFURG – SSind) recebeu, entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro, “Seminário de História e Memória do movimento docente: lutas por autonomia e liberdade, ontem e hoje”. O evento, organizado pelo ANDES-SN, faz parte do Curso Nacional de Formação de 2019 do Sindicato Nacional, que tem como tema "Reorganização da classe trabalhadora e os desafios para o movimento docente”.

No final da tarde da última sexta-feira (29), os docentes de diversas partes do país começaram a ocupar as cadeiras do Espaço Aprofurg, localizado no campus Carreiros da FURG. Chegaram ao sul do sul do país representantes de seções sindicais de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Paraíba, Bahia, Distrito Federal e de muitas outras unidades federativas.

O presidente da APROFURG, Cristiano Engelke explicou o sentimento de sediar um evento desta magnitude na cidade do Rio Grande. “É uma honra, para nós da APROFURG, receber um seminário do ANDES-SN com esta importância e que trate da história de lutas do movimento docente ao longo dos quase 40 anos de história do ANDES-SN e dos quase 40 anos de história da APROFURG”, explicou.

A mesa de abertura foi formada pelo presidente da APROFURG, Cristiano Engelke, pelo representante da APTAFURG, Celso Carvalho e pelo integrante da diretoria do ANDES-SN, Guinter Leipnitz.

“Um evento nacional, aqui na APROFURG, é muito importante para todos nós. Sobretudo o tema deste evento, que é sobre a história que vai nos ensinar muito. Hoje nós temos um problema, uma ruptura com a história. Temos que correr atrás e apresentar a história dos movimentos nas universidades para um conjunto de trabalhadores e trabalhadoras que chegam meio que fora dessa história e sem entender um pouco do movimento sindical”, explicou o representante da APTAFURG, Celso Carvalho.

Já o professor e representante da diretoria do Sindicato Nacional, Guinter Leipnitz, lembrou que o seminário é uma deliberação do 38º Congresso do ANDES-SN, que foi realizado em Belém, no início de 2019. “O resgate é da história do sindicato e de toda a luta que foi construída ao longo desses quase 40 anos. Houve uma série de momentos históricos bastantes específicos, como a pauta pela redemocratização, a pauta pela defesa da educação pública e pelo projeto de educação na constituição de 1988”, salientou Leipnitz, ao lembrar da motivação que levou o Grupo de Trabalho de História do Movimento Docente (GTHMD) do ANDES-SN a organizar o seminário;

Roda de conversa

A primeira roda de conversa prevista na programação tratava sobre o movimento docente na ditadura empresarial-militar no Brasil, que durou de 1964 a 1985. Participaram da discussão Roberto Leher (ex-reitor da UFRJ), Ana Maria Ramos Estevão (Unifesp) e Cléverton Oliveira (membro da Comissão da Verdade da APROFURG).

Ana Maria Ramos Estevão começou a sua fala lembrando do início da ditadura empresarial-militar. “Eu não sou historiadora. O meu relato do período da ditadura será feito sob a ótica de uma militante. Me lembro que, no início de abril de 1964, logo depois do início do golpe, houve um incêndio e a depredação da sede da União Nacional dos Estudantes no Rio de Janeiro, e foi por aí que começou a repressão aos movimentos ligados ao ensino. Logo após também foi invadida a Universidade de Brasília, que depois se tornou um dos ícones da resistência”, explicou a docente, que seguiu a sua explicação com toda a linha do tempo do período da ditadura, sempre pela ótica militante.

O segundo a pegar o microfone foi o professor Roberto Leher. O docente da UFRJ lembrou uma particularidade que não deve ser comemorada pelos brasileiros. “A interpelação da história é extremamente importante para nós pensarmos a realidade brasileira hoje. O Brasil, na América Latina, se particulariza por ser um país que não trabalhou de forma sistemática a memória e o que foi a ditadura no nosso país. Não há imagens do que aconteceu”, disse Leher, salientando, ainda, que o país está vivendo um contexto em que uma situação muito perigosa ronda a democracia brasileira.

Para finalizar os debates da noite do primeiro dia do evento, o historiador e membro da comissão da verdade da APROFURG, Cléverton Oliveira deu um panorama dos elementos locais da história da ditadura e da relação do período com a FURG. Cléverton também contou um pouco da história da cidade do Rio Grande, através de fotografias e explicações, para contextualizar os professores e as professoras que não conheciam o município.

Atividade Cultural

Finalizando as atividades do primeiro dia do “Seminário de História e Memória do movimento docente: lutas por autonomia e liberdade, ontem e hoje”, o músico Leonardo Bulcão (Lunar) fez um pocket show.

Avaliação

Thiago Sebastiano de Melo, do curso de turismo, foi um dos docentes da UFPel a participar do seminário na cidade vizinha e avaliou positivamente os debates. “Foi um prazer ter participado do evento. A amplitude proposta no tema foi alcançada com bastante solidez e ter participado desses momentos de reflexão à luz da história de quais os desafios o movimento sindical enfrentou foi bastante rico. À luz das condições atuais, a gente tem que pensar nas estratégias e táticas do movimento sindical. Participar desses encontros é uma oportunidade única e inquietadora para a formação”, ressalta.

Fonte: APROFURG.

Com edição e inclusão de informações de Assessoria ADUFPel. Imagens de APROFURG.

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