Rodoviários de Macapá conquistam 9% de reajuste salarial e cota de 5% para contratação de mulheres
Quem transporta vidas merece respeito!
Entretanto, não foi fácil a luta em defesa de direitos. O aparato patronal foi grande. Em cada garagem existia um aparato policial e de seguranças para intimidar o sindicato e os trabalhadores a furarem a greve. A polícia mostrou de que lado o Estado está e não é o dos trabalhadores.
Mesmo assim, os funcionários da maior empresa não se intimidaram, e 60% do transporte parou a cidade de Macapá, na terça-feira (16).
Os trabalhadores motoristas aceitaram na tarde desta quarta-feira (17), a proposta de reajuste de 9% ofertada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Amapá (Setap). O acordo foi feito em reunião com a presença do Ministério Público do Trabalho e Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac). Com isso, a categoria encerou a greve.
O acordo prevê ainda cesta básica no valor de R$ 400, pago em dinheiro, facultada a concessão de mais R$ 200 de crédito em cartão a cada funcionário, e jornada de trabalho mantida em sete horas, com concessão de intervalo intrajornada de até 1 hora e 20 minutos. Os trabalhadores receberão ainda um vale-refeição de R$ 9, caso ultrapassem as horas trabalhadas.
Além das pautas econômicas, foi comemorada com muita festa a cota de 5% das contratações para motoristas feitas nas empresas, para que sejam destinadas às mulheres. Essa conquista, nenhuma empresa ou sindicato tem em sua convenção coletiva, como diz o Presidente do SINCOTTRAP Genival Cruz. “É um grande avanço da categoria ter políticas de promoção de igualdade entre os homens e mulheres. Hoje, o Sindicato junto a secretaria de mulheres da entidade, vem lutando para que as trabalhadoras que são cobradoras sejam efetivadas como motoristas. Agora, as empresas terão que fazer o que esta em nossa convenção.”
Assim, a categoria segue mobilizada em busca dos direitos e contra os ataques dos governos e dos patrões.
Fonte: CSP- Conlutas Amapá
Fonte: CSP- Conlutas Amapá