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Notícia

Sartori aprofunda precarização da educação no Estado

Desde que a gestão de Ivo Sartori assumiu o governo, o descaso com a educação pública foi acentuado. Medidas de parcelamento e congelamento de salários passaram a ser anunciadas periodicamente pelo governador que, já na sua campanha de eleição em 2014, ironizava a reivindicação dos professores pelo piso salarial do magistério. As nomeações para concursos públicos, apesar da necessidade gritante de provimento em várias áreas de conhecimento, não ocorrem. Além disso, os professores vivem um cenário histórico de realocação de disciplinas, mesmo não sendo de seu domínio teórico/técnico.  

 

Professores concursados para dar uma matéria estão sendo obrigados a dar outras disciplinas, ainda que não tenham conhecimento sobre elas. É o caso da professora Caroline Rodrigues de Lima, que leciona na zona sul de Porto Alegre. Lima diz que foi comunicada, de maneira informal, que deveria dar aula de religião para fechar sua carga horária.  “Além de não ter a formação, tirei a turma de algum outro professor. O Estado está nos obrigando a trabalhar com desvio de função ”, lamenta.

 

A precariedade das escolas também assusta a professora, já que o governo não libera verba desde o ano passado para materiais. “Não temos telefone, folhas, xerox, os livros estão velhos, banheiros interditados, papel higiênico cada um traz o seu. Eu resolvi ajudar a escola, comprei o toner para a impressora de 120 reais (já que o governo não dá a verba desde o ano passado), aí fui pedir cópias e agora é o cilindro da máquina que quebrou. As crianças não têm merenda também... a coisa está horrível e ainda nos obrigam a trabalhar mais”.

 

Calendário de mobilização

O Sindicato dos Professores e Funcionários de Escolas do Rio Grande do Sul (CPERS) aprovou, no dia 17 de março, em assembleia geral realizada em Porto Alegre, agenda de mobilizações para as categorias. Mais de três mil servidores estiveram presentes na assembleia, que culminou com uma caminhada até o Palácio do Piratini para entrega de pauta de reivindicações ao secretário de Educação, Viera da Cunha. A presidente do Sindicato, Helenir Aguiar Shürer, na ocasião, lamentou a ausência do secretário da Fazenda, Giovani Feltes, afirmando que é indispensável a presença de Feltes para a negociação.

 

Entre as ações programadas pelo CPERS estão a construção da greve, seguindo um calendário de mobilizações que incluem o trancamento de rodovias no dia 8 de abril e ato em defesa do IPE, no dia 13 do mesmo mês. Além disso, os servidores devem: promover plenárias regionais e municipais para mobilizar a categoria e pressionar o governo; organizar Fóruns de discussão e defesa da escola pública nas comunidades de cada região; realizar campanha “Fora Vieira”, com objetivo de fazer frente aos ataques e ameaças da Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul à categoria, entre outras ações. O desafio deve ser unir a categoria, já que muitos dos trabalhadores têm medo de serem perseguidos no trabalho.

 

Assessoria ADUFPel

 

 

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