Segunda Greve Geral do ano marca a luta contra Temer e suas “reformas”
Após uma histórica greve geral, ocorrida no dia 28 de abril, trabalhadores/as brasileiros/as paralisaram novamente por 24 horas no dia 30 de junho e foram às ruas protestar contra as medidas impostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Esta foi a segunda greve geral da década e de 2017. A data foi definida em unidade por todas as centrais sindicais logo no início de junho. Porém, após “apelos” do governo, algumas centrais recuaram e desistiram de participar da sua construção. A CSP-Conlutas, Central Sindical da qual o ANDES-SN faz parte, e outras centrais sindicais, mantiveram-se firmes na construção e realização do movimento.
Greve Geral em Pelotas
As atividades da Greve Geral, em Pelotas, foram definidas pela Frente em Defesa do Serviço Público, das Conquistas Sociais e Trabalhistas, grupo que congrega diversos movimentos sociais e sindicais, entre eles a ADUFPel-SSind. Desde a madrugada, houve piquetes nas empresas de ônibus, com o objetivo de paralisar o transporte público na cidade. A polícia, percorreu as garagens e liberou algumas companhias para circular no meio da manhã.
De tarde, teve início a concentração para o ato público. O ponto de encontro foi o Mercado Público. Enquanto os manifestantes chegavam, aconteciam atividades culturais com música. Ainda, houve uma aula pública ministrada pelo professor e diretor da ADUFPel-SSind Luiz Henrique Schuch. O professor falou sobre as ameaças aos direitos sociais. "O montante de valor gerado pela nossa grande riqueza nacional e o montante gerado pelo conjunto do esforço do trabalho está sendo transferido em bloco para as mãos de poucos oligopólios", analisou, conclamando para a radicalização dos movimentos de resistência.
Por volta das 16h, partiu a manifestação pública por ruas centrais de Pelotas. Mais de mil pessoas participaram, manifestando-se pelo Fora Temer e contra as medidas do governo, que pretendem acabar com o direito de aposentadoria para a maioria dos brasileiros e, ainda, visam a destruição dos direitos trabalhistas. Outra medida do Executivo criticada foi a lei das terceirizações, que amplia esta modalidade precarizada de trabalho para atividades-fim.
Para a presidenta da ADUFPel-SSind, Fabiane Tejada, “foi importante no cenário atual observar a unidade dos movimentos sociais e sindicais da cidade de Pelotas, protagonizando a organização e a luta na Greve Geral. Precisamos com urgência reorganizar a classe trabalhadora para barrar as contrarreformas e todas as medidas que retiram direitos e destroem os serviços públicos”.
Confira o álbum do dia abaixo.