Servidores em greve promovem debate sobre dívida pública e ajuste fiscal na UnB
Hoje, quinta-feira (30), acontece um debate sobre o tema “Dívida Pública e
Ajuste Fiscal”, o evento começou às 9h, no auditório do curso de Medicina da Universidade de
Brasília (UnB). A atividade é promovida pelos Comandos Nacionais de Greve (CNG)
do ANDES-SN, Fasubra, Fenasps e Sinasefe, com o objetivo de debater com os
integrantes dos respectivos comandos de greve a prioridade do governo federal,
com o ajuste fiscal, em cortar verbas de políticas sociais e, ao mesmo tempo,
assegurar recursos para o pagamento da dívida pública. O convite para o debate
é estendido à todas as entidades que compõe o Fórum das Entidades Nacionais dos
Servidores Públicos Federais (SPF).
Rodrigo Ávila, economista da Auditoria Cidadã da
Dívida, falará sobre os recentes cortes no orçamento, feito pelo governo
federal, nas áreas sociais, que chegam a R$ 79,4 bilhões, e sobre a dívida
pública do país que consumiu, de janeiro a maio deste ano, R$ 528 bilhões, o
equivalente a 53,44% de todas as despesas federais.
De acordo com Rigler Aragão, do Comando Nacional
de Greve (CNG) do ANDES-SN, debate terá um caráter político, pois fará uma
análise da atual conjuntura que vive o país. “O tema é importante quando você
analisa a conjuntura política dos SPF, os cortes no orçamento, e a prioridade
do governo em fazer o pagamento da dívida pública. Iremos ressaltar também a
luta dos trabalhadores que estão em greve. Temos que fazer uma conexão com
esses temas e debatê-los”, disse.
Aragão ressalta também a importância da
participação dos militantes dos Comandos de Greve das Entidades para que o
debate possa ocorrer de forma democrática e para que possam depois levar as
informações para suas bases. “O Rodrigo Ávila tem um domínio muito grande desse
tema e a ideia é aproveitar esse espaço para tirar as dúvidas acerca da Dívida
Pública e denunciar o governo à sociedade sobre a prioridade que da aos
recursos públicos, sucateando o serviço público e a carreira do servidor.
Esse descaso afeta diretamente a vida da
população. Além de ser um espaço de formação política também, já que no CNG
temos docentes que tem mais de 20 anos de militância e temos docentes que
iniciam a sua primeira experiência sindical nesta greve”, concluiu.
FONTE:
ANDES-SN
FOTO:
ANDES-SN