Servidores estaduais gaúchos estão em greve por pagamento de salários
Luta também é contra o Pacote de Reformas do governador
Na terça-feira (26), sete categorias de servidores públicos estaduais do Rio Grande do Sul entraram em greve para lutar contra o Pacote de Reformas do governador Eduardo Leite (PSDB) e pelo pagamento integral e em dia dos salários. Os trabalhadores se somam aos professores e funcionários de escola gaúchos, que já estavam em greve desde o dia 18 de novembro.
Entraram em greve os servidores de nível superior do poder executivo (Sintergs), os servidores de nível básico (Sindsepe), os fiscais agropecuários (Afagro), os servidores das ciências agrárias (Assagra), a Associação Gaúcha Pró-Escolas Famílias Agrícolas (Agefa), os engenheiros e arquitetos da Secretaria de Obras, Públicas, Irrigação e Desenvolvimento (Seasop) e os analistas de Orçamento, Planejamento e Gestão (Apog). Também entraram em greve os servidores da Caixa Econômica Federal (Sindcaixa).
As entidades sindicais se reuniram no Hotel Everest em Porto Alegre para organizar as ações de greve. O auditório estava tão lotado que muitos servidores tiveram que acompanhar as discussões do saguão do hotel ou da calçada. Em seguida, os grevistas se somaram à assembleia do CPERS-Sindicato, que já reunia 15 mil pessoas na Praça da Matriz. A Brigada Militar respondeu à mobilização com muita repressão, atacando os servidores em greve.
Muitos servidores estaduais, inclusive os professores, estão há 5 anos sem reajuste e há 4 anos recebendo os salários de maneira parcelada. Por isso, quando Eduardo Leite ameaçou cortar o ponto dos grevistas, sua proposta foi ironizada. Afinal, é difícil cortar o salário de um trabalhador que já não o recebe. Segundo o CPERS-Sindicato, a greve é a maior dos últimos e tem adesão de 80% da categoria.
ANDES-SN apoia a greve
O ANDES-SN divulgou nota de apoio à greve dos professores estaduais gaúchos, por meio da Circular 509/19. O Sindicato Nacional ressalta que “os professores e professoras do RS estão mostrando que a luta é o caminho para reverter os graves ataques que o capital, e seus diversos agentes, implementam nas diversas esferas de governo. Dessa forma, prestamos nossa solidariedade e nosso apoio à sua luta em defesa dos serviços públicos e da educação”.
Leia a nota completa aqui.
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Assessoria ADUFPel
Com informações e imagens de CPERS-Sindicato.