Servidores públicos estaduais do Rio Grande do Sul iniciaram na segunda-feira, 31 de agosto, uma nova greve geral de quatro dias contra o parcelamento de salários, promovido pelo governo do estado. A paralisação unificada dos servidores conta com a adesão de mais de 40 categorias e está prevista para durar até quinta-feira (3). Mobilizações estão programadas para ocorrerem nos próximos dias por todo o estado. O governo estadual depositou a primeira das quatro parcelas dos salários, no valor de R$ 600, na segunda. As demais serão quitadas nos dias 11, 15 e 22 de setembro.

Segundo o Centro de Professores do Rio Grande do Sul (Cpers - Sindicato), que representa professores e funcionários da educação básica estadual, o primeiro dia de greve foi marcado por 100% de adesão da categoria dos professores. Nos hospitais estaduais, de acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos do Estado, o funcionamento ocorre de forma reduzida, apenas com a prestação de serviços essenciais à população, em sistema de rodízio de funcionários.

Policiais civis se uniram ao movimento grevista e estão atendendo apenas os casos graves, como homicídio, estupro e crimes envolvendo crianças e mulheres. O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Policia Civil do Rio Grande do Sul orientou a categoria para que não retire carros das garagens e não cumpra mandados de prisão e operações policiais. Os policiais da Brigada Militar também aderiram à paralisação e permanecem nos quartéis nesta terça-feira (1º). Os sindicatos que representam soldados, sargentos e tenentes dizem que os profissionais foram psicologicamente atingidos e estão sem condições de realizar os serviços.

Paralisação

O governo do Rio Grande do Sul anunciou, no mês de julho, o parcelamento do salário dos servidores estaduais e um pacote de ajuste fiscal que inclui a privatização de partes importantes do estado e uma reforma na previdência. Diante das medidas anunciadas, no dia 18 de agosto, em assembleia geral, mais de 40 categorias do serviço público estadual do Rio Grande do Sul já haviam deliberado por uma primeira paralisação, de três dias, de 18 a 20 do mês passado.

*Com informações da Agência Brasil e imagem de Sul 21 

Fonte: ANDES-SN