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Notícia

Servidores públicos federais e estaduais sob ataque em meio à pandemia

A pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) se agrava a cada dia no Brasil. Além da ausência de uma política coerente de combate à doença e assistência à população por parte do governo Jair Bolsonaro, e também de governos estaduais e municipais, trabalhadoras e trabalhadores enfrentam, ainda, o aprofundamento da crise social e econômica, com sucessivos ataques aos seus direitos. 


Os servidores públicos estão entre os que mais sofrem com os ataques dos governos. No Rio Grande do Sul, por exemplo, muitas categorias de servidores estaduais estão há 60 meses recebendo salário parcelado, atrasado e sem reajuste. Para ter sua remuneração em dia, têm de pagar juros para o banco. A situação leva ao adoecimento e à depressão e, inclusive, motivou suicídios entre os professores.


Já os servidores federais estão na linha de ataque de Paulo Guedes, ministro da economia. O governo tenta forçar a votação no Congresso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a redução de 25% do salário do funcionalismo público. A medida já foi considerada inconstitucional pelo STF.


Jornada de Lutas

Diante desse cenário, centrais sindicais, movimentos sociais, organizações da sociedade civil e partidos políticos decidiram realizar uma jornada nacional pelo “Fora Bolsonaro; Impeachment já”. A mobilização terá um dia nacional de lutas na próxima sexta (10), uma Plenária Nacional Popular online no sábado (11) e indica o apoio às manifestações de rua previstas para domingo, 12 de julho.


Levando em conta as limitações impostas pela pandemia, na sexta-feira serão realizadas assembleias nos locais de trabalho pela manhã (com atraso na entrada onde for possível) e atos simbólicos de rua. 


Além disso, estão previstas diversas ações que permitam a ampla participação dos trabalhadores e da população em geral, como a convocação para usar roupa preta, colocar um pano preto nas janelas, realização de twitaço e ações nas redes sociais e um panelaço nacional à noite.


A CSP-Conlutas e o ANDES-SN participam dessa frente ampla, tanto nas atividades virtuais, assim como nas presenciais que forem possíveis, para as quais será garantido o uso de máscaras e álcool em gel e o distanciamento necessário. Serão protegidos os ativistas e militantes enquadrados nos grupos de risco.


“A Secretaria Regional Rio Grande do Sul do ANDES-SN reuniu-se na terça (7) e deliberou pela organização de material das Seções Sindicais da Regional para a Jornada de Lutas. “Teremos um card próprio, além dos materiais nacionais e da reutilização de panos pretos nas janelas e carros como protesto. Também, um manifesto sobre o ensino remoto. A ADUFPel também está envidando esforços para ampliar os protestos durante a Jornada” comentou Celeste Pereira, presidente da ADUFPel, que participou da reunião. 


A unidade pelo Fora Bolsonaro reúne PT, PSOL, PSTU, PCdoB, UP, PCB, PCO, PSB, PDT, Rede, as centrais sindicais CUT, Força Sindical, CSP-CONLUTAS, CTB, Intersindical Central; Intersindical Instrumento de Luta, UGT, CSB, CGTB, Nova Central, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, Torcidas Organizadas, além de várias organizações da sociedade civil, e outros.


Simultaneamente à campanha nacional, a CSP-Conlutas manterá as bandeiras centrais que vem defendendo nesse período da pandemia, com a política aprovada nas suas instâncias: “Em defesa da vida, quarentena geral com garantia de emprego e renda digna para todos. Fora Bolsonaro e Mourão, já”. Também seguirá na luta contra o racismo e o genocídio do povo pobre, a defesa das bandeiras dos trabalhadores em serviço essencial, por garantia de EPIs (equipamentos de proteção individual) e condições de trabalho.


Dia 10 – Será o grande dia da jornada de lutas

O dia 10 de julho deve ficar marcado como um grande dia de mobilização. A proposta é iniciar a manhã com assembleias no maior número de locais de trabalho onde as atividades estejam sendo realizadas presencialmente, inclusive promovendo atrasos onde houver condições.


A CSP-Conlutas também buscará organizar atos simbólicos nos centros das cidades ou, especialmente, nas periferias, ocupações, setores camponeses, indígenas ou quilombolas onde atua no cotidiano.


Confira algumas das ações propostas pela CSP-Conlutas:

a – Vestir preto e orientar que todas as pessoas assim o façam, que coloquem uma toalha ou pano preto nas janelas nesse dia, como forma de protesto;

b – Nos integrarmos ativamente nas iniciativas das redes sociais (twitaço, curtindo e compartilhando as postagens da CSP-Conlutas) que ocorrerem durante todo esse dia;

c – Intensificar a divulgação para um grande barulhaço nacional às 20h30;

d – Divulgar conteúdos nas redes sociais reforçando os eixos de luta nesse dia pelas redes sociais. 


Dia 11 – Plenária Popular Nacional pelo Fora Bolsonaro. Impeachment, já!

A iniciativa contará com a participação das Centrais Sindicais, sindicatos, movimentos sociais, partidários e organizações da sociedade civil.


Dia 12 – Atos de rua

A CSP-Conlutas apoiará esses atos e vai organizar em cada lugar, que estejam convocados, a participação em bloco de ativistas da CSP-Conlutas com bandeiras, máscaras, faixas e cartazes levando as reivindicações pelo Fora Bolsonaro e Mourão, pelo fim do racismo, em defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores. É importante organizar colunas que permitam o distanciamento entre os manifestantes. 


Fora Bolsonaro e Mourão, já!

Outra frente para dar um basta ao governo de Bolsonaro e Mourão é a atuação junto ao Congresso Nacional pressionando pela aceitação e abertura do processo de pedido de impeachment. Já foram protocolados 48 pedidos na Câmara dos Deputados. A Frente pelo Fora Bolsonaro, com centenas de organizações, lançou no dia 19 de junho, um abaixo-assinado online para pressionar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a dar andamento ao processo de impedimento.


Fonte: ANDES-SN. Edição de ADUFPel com imagem de CSP-Conlutas

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