A construção da greve unificada no campo da educação pública federal, com nova data para o indicativo, e as ações para o fortalecimento da luta voltaram a ser debatidas nacionalmente na última reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) do ANDES-SN, realizada presencialmente no sábado (11), em Brasília. A articulação do movimento paredista foi apontada na plenária do dia 21 de maio, no mesmo final de semana da reunião do Setor anterior. 

No encontro, que contou com a presença da direção nacional e de representantes das seções sindicais, entre eles as diretoras da ADUFPel, Celeste Pereira e Elaine Neves, foram, ainda, avaliados os resultados das rodadas de Assembleias Gerais (AG), ocorridas até 9 de junho, e definida uma nova agenda de mobilização para as próximas semanas. 

Encaminhamentos 

Após profunda análise de conjuntura sobre a situação dramática das IFES e das políticas sociais e econômicas do país, o Setor indicou uma nova rodada de Assembleias, de 20 a 24/06, tendo como pauta: o indicativo de greve para o dia 27/06; o Ocupa IFES (27 a 29/06); a Semana de Lutas em Brasília (04 a 07/07) e o Dia nacional de luta contra a privatização e em defesa das estatais (05/07). 

A Semana de Lutas em Brasília terá como tema central a contrariedade aos cortes, contingenciamentos e bloqueios de verbas para as Instituições Federais de Ensino Superior e por uma Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que contemple o reajuste salarial para todos os SPF. 

Já a greve deverá ser construída pelo ANDES-SN, pela Fasubra - que em Plenária Nacional, no final de semana passado, indicou a greve sem data definida - e pelo Sinasefe - que já deu início ao movimento paredista -, entidades representativas dos trabalhadores e das trabalhadoras da educação. “Consideramos fundamental atuar com ações imediatas e coletivas, para nos fortalecer e agregar, ainda, os e as estudantes nesta luta, que é de todos nós. Urge a greve da educação pública!”, aponta a diretora da ADUFPel, Celeste Pereira. 

Ocupa Brasília de 14 de junho

Nesta terça-feira (14), docentes de universidades, institutos federais e Cefets de todo o país se somarão a servidoras e servidores das demais categorias do serviço público federal, trabalhadoras e trabalhadores de empresas estatais, estudantes e representantes de movimentos sociais e populares em uma grande manifestação na capital federal. O “Ocupa Brasília”, como foi denominado o ato, levará milhares às ruas em defesa da Educação Pública e contra as privatizações.

O protesto quer chamar a atenção para o desmonte que o governo federal vem promovendo na Educação pública, com os sucessivos cortes orçamentários. Além disso, os e as manifestantes irão cobrar do governo federal e do Congresso Nacional a revogação da Emenda Constitucional 95 (Teto dos Gastos), o arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20 (contrarreforma Administrativa) e a reversão do sucateamento das políticas sociais e serviços públicos.

Assessoria ADUFPel