Setor das IFES indica próximos passos da luta rumo à greve nacional da educação
Representantes das seções sindicais e da direção do ANDES-Sindicato Nacional participaram, no último sábado (25), em Brasília, da reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Os docentes avaliaram a conjuntura e o resultado das Assembleias Gerais (AGs) sobre a deflagração da greve da educação, apontando o futuro da mobilização.
Após os informes nacionais, o debate centralizou-se nos encaminhamentos das AGs de base e os esforços empenhados à ampliação do movimento nacional. Das 17 seções sindicais presentes, 2 indicaram greve, 5 ainda não deliberaram sobre a pauta e 11 não a aprovaram por falta de condições objetivas.
A deliberação da Assembleia da ADUFPel, que, no dia 22 de junho, aprovou, por ampla maioria, o indicativo de deflagração de greve, foi levado ao Setor pelas diretoras Celeste Pereira e Elaine Neves, bem como informações sobre as atividades construídas localmente, sendo a mais recente o seminário sobre teletrabalho, realizado na tarde desta segunda-feira (27).
Encaminhamentos
Depois de um debate aprofundado sobre o movimento que tem sido fortalecido rumo à greve nacional da educação, o Setor das IFES indicou a realização de uma nova rodada de Assembleias, entre 20 de julho e 4 de agosto, com o intuito de avaliar as mobilizações.
Aprovou a construção da luta dentro das IFES, com ênfase para a Jornada que ocorre em Brasília de 4 a 7 de julho, pela recomposição dos orçamentos, reposição salarial, negociação coletiva e contra as privatizações, com vistas à construção da greve conforme a pauta protocolada, apontando atividades como: audiências públicas na Câmaras municipais e reitorias para cobrar o impacto dos cortes e da Covid-19 nas Instituições de Ensino Superior (IES), aulas públicas, expressões artísticas/culturais e políticas, ocupação das instituições com atividades e intensificação de organização de atos, jornadas, mobilizações e paralisações.
O Setor também indicou que ações conjuntas sejam planejadas junto ao Sinasefe, com a perspectiva de discutir a Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), avaliando a possibilidade de ação jurídica sobre a Portaria 983, do Ministério da Educação, que prevê mudanças na regulamentação das atividades docentes.
De acordo com a diretora da ADUFPel, Celeste Pereira, a reunião evidenciou que os ataques à educação são incontáveis e, diante deste cenário, a exemplo tentativa de aprovação da PEC 32 - Contrarreforma Administrativa, é necessário que a categoria mantenha-se atenta e mobilizada.
“Apesar de a pandemia ter desordenado os calendários acadêmicos, o que tem nos imposto novos desafios para organização docente, a defesa da educação pública e gratuita é o nosso horizonte; a mobilização com vistas à construção da greve é a nossa tarefa. Daremos toda nossa energia para as atividades do Ocupa Universidade entre os dias 27 e 29 de junho, e para a semana de mobilização no Distrito Federal, de 4 a 7 de julho”, enfatizou.
Assessoria ADUFPel