Na sexta-feira (14), os servidores do IFSul aprovaram, por ampla maioria, paralisação para a semana entre 24 e 28 de outubro. Além disso, a categoria decidiu pelo indicativo de greve a partir do dia 11 de novembro. A pauta é a defesa da educação pública e a contrariedade ao conjunto de medidas que atacam o ensino, em especial à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que congela investimentos em educação e saúde por 20 anos e foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados.

“Nós estamos em estado de greve já há três semanas e na última assembleia deliberamos greve por tempo determinado. As pautas são os ataques à educação, como a PEC 241, a reforma do ensino médio, a escola sem partido. Obviamente que a PEC, em função da tramitação, é a mais urgente pois temos que fazer pressão no Senado”, afirma a diretora do Sinasefe, Maria Lúcia Monteiro. Para ela, caso essa medida seja aprovada, os impactos serão nefastos, com 20 anos de atraso, sem condições de consolidar os quatro campi do IFSul que ainda não estão finalizados e impedimento de contratação de novos servidores.   

Entre a agenda dos servidores está o Encontro Regional Sul do Sinasefe, em Pelotas, para discutir o desmonte do estado e os ataques à educação e aos trabalhadores. O evento acontece nos dias 21, 22 e 23 de outubro. A agenda para o dia 24 de outubro, que é o Dia Nacional de Paralisação e Lutas nos estados, inclui ações de mobilização contra a PEC 241. Maria Lúcia explica que, neste dia, as ações estão centradas em Porto Alegre, com ato público pela tarde.  Também haverá uma caravana de servidores que irá a Brasília participar das ações de pressão aos parlamentares. No dia, está prevista a votação em segundo turno da PEC, por isso as categorias estarão fazendo pressão pela derrubada da proposta. O ANDES-SN também constrói a data, junto com outras entidades dos servidores públicos federais, que se articulam no Fórum Nacional de Entidades dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).

Alunos ocupam IFSul

Também mobilizados contra a PEC 241/2016, estudantes do IFSul ocuparam o Instituto no domingo (16), paralisando as atividades. Eles também protestam contra a reforma do ensino médio, que dispensa disciplinas como educação física, sociologia e artes do currículo escolar. Outras instituições de ensino também foram ocupadas pelos mesmos motivos, totalizando cerca de 500 no país.

A diretora do Sinasefe informa que o sindicato está apoiando os estudantes, oferecendo apoio jurídico. Além disso, servidores acompanham os estudantes. “Nós estamos apoiando, temos um grupo de mobilização para que não fiquem em nenhum momento sozinhos, porque está tendo um movimento que realiza ameaças ao pessoal”, afirma Maria Lúcia Monteiro.

Nota de Apoio

A ADUFPel-SSInd apoia o movimento dos servidores do IFSul e entende que as pautas de mobilização são urgentes e suscitam a resistência de todas as categorias de trabalhadores.

Assessoria ADUFPel

Foto: Assessoria Sinasefe IFSul