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Todo apoio à greve dos garis do Rio de Janeiro que continua nesta terça-feira

Nesta segunda-feira (16) a greve dos garis do Rio de Janeiro completa quatro dias. A categoria parou por não aceitar a proposta de apenas 3% nos salários e reivindica 47,7% de reajuste. Na sexta-feira (13), o Ministério Público do Trabalho propôs um aumento de 7%, mas a categoria também rejeitou a proposta. Na manhã de ontem, esses trabalhadores se concentraram na Central do Brasil e saíram em passeata rumo ao Tribunal Regional do Trabalho onde participarão de uma audiência para tratar do acordo coletivo.  

 

Um ano após protagonizarem uma greve histórica, que até hoje serve de inspiração para trabalhadores de diversas categorias, novamente os garis do Rio de Janeiro deflagram paralisação de suas atividades para lutar por um reajuste digno.

 

A decisão foi tomada na noite de quinta-feira (12), em uma assembleia lotada que decidiu pela paralisação imediata, rejeitando a proposta do Sindicato de greve somente após 72 horas.   


As reivindicações dos garis, de acordo com o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação, incluem além do aumento salarial de 47,7%, um reajuste no vale-alimentação de R$ 20 para R$ 27, diário.  

 

E, embora a campanha salarial seja nova, alguns dos obstáculos enfrentados pelos garis em 2014 se repetem nesse ano. Reportagens na grande imprensa repercutindo os impactos negativos da greve para a população; a Justiça novamente ao lado do governo, considerando a greve ilegal, e a Polícia Militar acionada para reprimir os grevistas, sob o pretexto de escoltar os caminhões da Companhia de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb).  

 

A mobilização dos garis se soma a uma série de lutas que acontecem no país, tendo como exemplo recente os professores estaduais de São Paulo, que deflagraram greve nesta sexta-feira, os professores do Paraná e os trabalhadores metalúrgicos do ABC e São José dos Campos. Apesar das pautas específicas, em comum a necessidade de reagir e lutar contra a tentativa dos governos e patrões descontarem nos trabalhadores a conta da crise.  

 

O discurso de que é preciso paciência e um esforço de “todos” não é exclusividade da presidente Dilma (PT). A mesma alegação foi feita pelo tucano Beto Richa (PSDB), governador do Paraná, e agora também pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) no Rio de Janeiro. “O momento é de crise do Brasil. Pessoas estão sendo demitidas…”.  

 

O militante da CSP-Conlutas/RJ Ronaldo Moreno, também membro do Sindpetro RJ, está no apoio à greve dos garis e acha absurda a declaração do prefeito Eduardo Paes que tenta intimidar os trabalhadores em greve com ameaça de demissão. “O direito à greve precisa ser respeitado”, reforça. 

 

“Nós, da CSP-Conlutas nos solidarizamos com essa greve. Como parte desse apoio, juntamente aos companheiros do Sindpetro RJ esta vamos discutir ainda essa semana, caso a greve continue, uma ajuda material para a greve dos garis”, informou Moreno.  

 

Em nota, a CSP-Conlutas Rio de Janeiro reafirma seu apoio incondicional à luta dos garis. “Estes trabalhadores dão o exemplo e mostram o caminho. Vamos juntos. O caminho é a mobilização! Não podemos cair na armadilha de “negociar” ou “emendar” as medidas de Dilma ou dos demais governos, pois qualquer negociação vai significar reduzir nossos poucos direitos. Temos de exigir a imediata retirada dessas medidas provisórias; Nós não podemos pagar pela crise que eles criaram e, de outra parte, se foi o patrão que roubou, não pode ser o trabalhador que pague o preço”, destaca a Central.  

 

A CSP-Conlutas exige também que a Comlurb atenda todas reivindicações desses trabalhadores.   


A Central convoca a todas as entidades e movimentos a cercarem de solidariedade, apoio político e financeiro à greve dos trabalhadores garis do Rio de Janeiro. Mais uma vez, os trabalhadores mostram o caminho. A alternativa para a crise está na luta e organização, independente dos governos e dos patrões, contra a retirada de direitos.


Fonte: CSP-Conlutas
Edição: ADUFPel


Fotografia: Janaína Carvalho

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