Centenas de trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) ocuparam a sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) fluminense na segunda-feira. Após nove horas de ocupação, com forte ameaça de repressão policial, um juiz de plantão concedeu liminar que garantirá os pagamentos aos operários, sem receber há mais de três meses.

Segundo o acordo, os contratos serão rescindidos com data retroativa a fevereiro, portanto, antes das Medidas Provisórias do governo que restringem direitos trabalhistas e previdenciários. A expectativa é que eles possam sacar o FGTS e a primeira parcela do seguro-desemprego em poucos dias. Inicialmente, a ideia dos trabalhadores era acompanhar uma reunião entre o ministro do Trabalho, Manoel Dias, representantes da Petrobras e da empresa terceirizada Alumini. Insatisfeitos com a falta de resultados concretos deste encontro, os trabalhadores decidiram bloquear as saídas do TRT.

Luis Acosta, 1º vice-presidente da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN, exaltou a vitória dos trabalhadores do Comperj. “Apesar do cansaço, o movimento foi coroado pelo resultado. Sabemos que haverá outras etapas, mas chegaram ao limite aqui”, afirmou. O docente observou que atos como a ocupação do TRT e a manifestação na Ponte Rio-Niterói (em 10 de fevereiro) mostraram a disposição de luta dos trabalhadores, devidamente coroada com a liminar.

*Com informações e imagem de Adufrj-SSind.