Trabalhadores e lideranças do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte (Stimmmerg) paralisaram suas atividades nesta quinta-feira (12) e interromperam a BR-392 entre os quilômetros cinco e oito e trecho da ERS-734. O motivo da reivindicação é a falta de resposta da Petrobras em relação aos projetos do setor para Rio Grande. Durante a manhã, os manifestantes estiveram mobilizados em diversos pontos da cidade e os transportes públicos urbanos, intermunicipais e hidroviários ficaram paralisados até o meio da tarde. 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, Benito Gonçalves, as mobilizações continuarão caso o governo federal abandone o Polo Naval. A manifestação reuniu mais de 300 sindicalistas de diferentes cidades da região e foi acompanhada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pelo Pelotão de Operações Especiais (POE) da Brigada Militar. Também teve a participação de lojistas que fecharam o comércio em favor da mobilização. Em São José do Norte, segundo o secretário do Sindicato dos Trabalhadores, Sandro Barros, o movimento teve a participação de 90% dos trabalhadores do Polo Naval, além da população que também apoiou a iniciativa.

O serviço de travessia entre Rio Grande e São José do Norte ficou sem funcionar desde as primeiras horas da manhã, porém, aqueles que precisaram se deslocar por motivos de saúde, tiveram à disposição lanchas. Durante a mobilização, o Stimmmerg recebeu uma notificação da justiça que proibia a interrupção da BR-392, porém o sindicato a realizou em determinados períodos. O grande ato da manifestação ocorreu às 17h, na Praça Dr. Pio, com a presença de cerca de cinco mil pessoas. 

Gonçalves acrescentou que a finalidade da manifestação foi chamar a atenção do país para a situação dos trabalhadores da indústria naval do Rio Grande e salientou que o Polo Naval é de todos e é de extrema importância para a cidade. 

Resultados

Durante o ato, os trabalhadores se mobilizaram para criar o Comitê Unitário em Defesa do Polo Naval, da Petrobras e dos Empregos na Cidade, que dará início aos preparativos para uma mobilização nacional em defesa da estatal, prevista para março deste ano. Já na primeira semana após o Carnaval, deve ocorrer uma audiência entre os trabalhadores, o ministro da Secretaria Geral da República, Miguel Rossetto, e o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine. 

Assessoria ADUFPel 

* Com informações do Jornal Agora e Diário Popular

Foto: Fabio Dutra