Trabalhadores gregos fazem greve geral contra novos ataques impostos pela Troika
A população grega voltou às ruas nessa quinta-feira (9), em manifestação contra um novo pacote de medidas de ataques aos direitos trabalhistas que será votado no parlamento grego neste sábado (10) por exigência dos credores da Grécia e da União Europeia. Essa é a terceira greve geral do ano, com paralisação de 24 horas, no país.
Entre as mudanças impostas pela Troika – Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE) - estão cortes brutais às aposentadorias, ataques à negociação coletiva e mudanças na legislação trabalhista para possibilidade de demissões em massa e dificultar a realização de greves e organização dos trabalhadores.
Milhares de pessoas ocuparam as ruas de Atenas na manifestação organizada pelas centrais sindicais da Grécia. Trabalhadores dos setores público e privado de diversas categorias aderiram à paralisação, como médicos, enfermeiros, professores, controladores aéreos, trabalhadores do transporte terrestre (trens, ônibus e metrôs) e marítimos, entre outras categorias, algumas em greve por tempo indeterminado. Os hospitais gregos ofereceram serviços mínimos. As escolas, universidades, os tribunais e a maior parte dos serviços públicos não funcionaram. Jornalistas de todo o país atenderam ao chamado do sindicato e realizaram a paralisação um dia antes, para que na quinta não houvesse jornais em circulação no país.
"O fardo que carregamos já é insuportável. Reagimos a uma austeridade repressiva, à pobreza e à miséria. Mais uma vez enfrentamos pedidos absurdos da parte dos credores, da UE e do FMI", ressaltou em nota a Confederação Geral dos Trabalhadores Gregos do setor privado (GSEE).
Uma reunião dos ministros de Finanças da zona do euro, na segunda-feira (5), anunciou que os reembolsos da dívida da Grécia seriam brevemente suspensos.
*Com informações e imagem do site Socialist Worker
Fonte: ANDES-SN