UFPel e IFSul irão parar nos dias 2 e 3 de outubro
No dias 2 e 3 de outubro, a UFPel e o IFSul, assim como as demais instituições federais de ensino do país, irão paralisar todas as atividades, aderindo à Greve Nacional da Educação de 48h. As datas da greve foram definidas em reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) do ANDES-SN no dia 12 de setembro e aprovadas pela categoria docente da Universidade e do IFSul-CaVG em Assembleia Geral (AG) da ADUFPel-SSind. O Sinasefe-IFSul também aprovou a adesão em AG.
A decisão deve-se ao conjunto de medidas impostas pelo governo federal que atacam a educação pública, em especial os cortes orçamentários, a intervenção do Ministério da Educação na escolha de reitores e a imposição do programa Future-se. A Greve será construída em articulação com as entidades da educação federal, em nível nacional e local. Em Pelotas, diversas atividades preencherão os dois dias de mobilização.
2 de outubro (quarta-feira)
10h: Oficina de mobiliário, em frente ao ICH UFPel (R. Alm. Barroso, 1734)
12h: Almoço em frente ao IFSul Campus Pelotas
14h: Debates abertos sobre os próximos passos do movimento estudantil, em frente ao ICH da UFPel
18h: Lançamento do livro "Revolução Africana" com Jones Manoel, no saguão da UCPel
19h: Debate sobre conjuntura “Por que o Brasil está assim?”, no DCE da UCPel (Gonçalves Chaves, 232, sala 410C)
3 de outubro (quinta-feira)
14h: Ato cultural “Educação na Rua”, no largo do Mercado Central
17h: Ato Público com caminhada a partir do largo do Mercado
19h: Debate Movimento Estudantil e Docente, no Diretório Acadêmico da História da UFPel
20h: Boteco da Filosofia “Descolonização do pensamento e democratização da universidade pública e gratuita: não ao Future-se”, no ASUFPel-Sindicato (R. Quinze de Novembro, 262)
Privatização e destruição da autonomia das IFES
A educação pública tem sido alvo central dos ataques do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Devido aos sucessivos cortes orçamentários, as instituições federais de ensino encontram-se em uma situação crítica e correm o risco de não conseguirem funcionar até o final do ano. Por conta disso, servidores/as e estudantes enfrentam uma intensa precarização das condições de trabalho e ensino, trabalhadores/as terceirizados/as são demitidos, há uma redução significativa de bolsas de pesquisa e extensão e faltam recursos até mesmo para manutenção diária das universidades, institutos e CEFETs.
Somam-se às medidas antidemocráticas do governo federal as intervenções no processo de nomeação de reitores de instituições federais. Bolsonaro, que desrespeita o processo de consulta eleitoral das IFES, já nomeou oito reitores ilegítimos, que incluem tanto candidatos perdedores como também pessoas que sequer haviam participado do pleito. A decisão do governo fere a autonomia universitária e vai de encontro à tradição democrática de escolha das administrações das IFES. Além disso, o projeto Future-se também pretende retirar o caráter público das universidades e institutos, entregando-as à iniciativa privada, e ataca a autonomia dessas instituições.
Por esses motivos, a comunidade acadêmica da UFPel irá às ruas, levar o debate à população local e ampliar o diálogo sobre as condições e a importância dos projetos realizados pela instituição junto à comunidade local.
Assessoria ADUFPel