UFRN intima estudantes que ocuparam reitoria em outubro
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está convocando alguns dos estudantes, que participaram da ocupação da reitoria realizada em outubro de 2014, para prestar esclarecimentos sobre possível depredação de patrimônio público. Estudantes e docentes da universidade já demonstraram sua preocupação com a possibilidade da medida representar a criminalização do movimento estudantil.
Os estudantes receberam as intimações em casa ou em sala de aula, sendo convocados a responder a investigação e a identificar outros colegas que estiveram na ocupação da reitoria. Tanto professores quanto alunos da UFRN criticam a abordagem “policialesca” dada ao problema pela administração da universidade, que não prezou pelo diálogo. “É um aprofundamento do processo de criminalização dos movimentos sociais”, afirma Maria Regina de Avila Moreira, 1ª vice-presidente da Regional Nordeste II do ANDES-SN.
No último mês de outubro, os estudantes da UFRN ocuparam a reitoria da instituição para protestar contra a agressão sofrida no mesmo mês pelo estudante Marcus Luiz. Ele, à época, foi brutalmente agredido pela guarda patrimonial do campus, e os estudantes se mobilizaram para exigir outra política de segurança para a instituição. Em 2012, os seguranças da UFRN já haviam disparado em direção a um grupo de estudantes.
De acordo com Maria Regina, a reitoria da UFRN foi ocupada também em 2012 por conta das críticas à segurança da universidade. No entanto, os acordos entre os estudantes e a reitora em 2012 e em 2014 não foram cumpridos. Entre os pontos acordados estavam debate sobre o desarmamento da segurança e capacitação adequada para esses trabalhadores.
UFRJ
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) também foi palco de problemas com segurança. No último sábado (21), policiais militares fortemente armados e sem identificação entraram no Alojamento Estudantil da instituição, segundo eles para fazer uma “visita”. Segundo os estudantes, os policiais permaneceram em frente ao prédio em ostensiva vigilância desde dias antes da invasão ao alojamento.
Fonte: ANDES-SN