Vigilantes terceirizados da Embrapa paralisam atividades
Os trabalhadores, em manifestação na BR 392, exigem o pagamento do salário e auxílios, atrasados há quase três meses
Na
manhã de hoje (18), os vigilantes da Embrapa – Estações Capão do Leão, Monte
Bonito e Cascata, paralisaram suas atividades. Os trabalhadores realizaram uma
manifestação na BR 392 em reivindicação ao pagamento do salário e vales
alimentação e transporte, cujo pagamento está atrasado há 78 dias.
De
acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Pelotas e Região, Marcelo
Puccinelli, a mobilização deu-se necessária para “chamar a atenção da Embrapa
de que é inaceitável os trabalhadores estarem com os salários e auxílios
atrasados”. Ainda, segundo Puccinelli, a Embrapa está dentro dos prazos legais,
em cumprimento à Lei Nº 8.666, das Licitações. Porém, a empresa contratada para
prestar o serviço de vigilância, Grantege, demonstrou, nesses últimos meses,
não ter capital suficiente para cumprir o prometido.
O
presidente do Sindicato explica que essa não é a primeira vez que acontecem
atrasos de salário e auxílios. “No ano passado já tinha acontecido e agora
novamente. Essa situação está sendo muito difícil para os trabalhadores porque
não conseguem nem se deslocar mais para o serviço”, destaca.
Hoje,
além da mobilização na BR, foi realizada uma reunião com a diretoria da Embrapa
para dialogar sobre o assunto. Ficou decidido, então, que, nesta quarta-feira
(20), será realizado um novo encontro.
O
caso dos trabalhadores terceirizados da Embrapa vem ilustrar um dos assuntos
que está em pauta: o Projeto de Lei 4.330, que regulamenta a terceirização no
país e foi aprovado pela Câmara dos Deputados, seguindo para sanção ou veto da
presidência da república. Para a ADUFPel, o fato do PL legalizar as
terceirizações sem restrição para empresas, tanto as privadas quanto as
públicas, é uma das medidas que mais afrontam os direitos dos trabalhadores.
Assessoria
ADUFPel
Foto:
Sindicato dos Vigilantes de Pelotas e Região