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Em Assembleia da ADUFPel, docentes debatem a manutenção da greve e o fortalecimento da mobilização

A avaliação da mobilização e da greve nacional dos Servidores Públicos Federais (SPF) retornou à pauta da Assembleia Permanente da ADUFPel, realizada no final da tarde desta segunda-feira (18) em formato presencial, inaugurando o auditório da nova sede da Seção Sindical, localizada na rua Quinze de Novembro. 


Docentes da UFPel e do IFSul-CaVG, ao analisar o cenário geral, voltaram a reforçar a necessidade de organização de uma pauta local, além do fortalecimento do movimento nacional, indicando a manutenção da construção da greve nacional dos SPF.


Informes

Antes de dar início às discussões sobre a pauta central, a diretoria da ADUFPel apresentou, principalmente, os informes sobre a agenda de mobilização deste mês e as ações desenvolvidas pelo Comando Local de Mobilização (CLM), criado na AG do dia 18 de março.  


Acerca da luta que vem sendo travada nacionalmente, a presidenta da ADUFPel, Regiana Wille, comunicou quais serão as próximas atividades da agenda apontada pelo Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais). A primeira delas será a reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), que acontece na sexta-feira (22). Logo em seguida, a mobilização em Brasília terá continuidade com uma nova semana de ações, de 25 a 29 de abril, além de atividades nos estados para pressionar o governo federal a abrir a mesa de negociação salarial. A movimentação no mês de abril culminará em um Dia Nacional de Paralisação, no dia 28, com ato no Distrito Federal. 


Regiana também alertou sobre a especulação de um suposto reajuste salarial de 5%, anunciado pelo governo via imprensa, cujo índice não contempla nem mesmo a inflação do período. “A gente teve um ensaio ou uma cortina de fumaça de que o governo estaria orçando 5% de aumento. Não tem nada oficial. Até então, fomos “recebidos” no Ministério da Economia apenas para dizer que receberam as reivindicações, mas, oficialmente, não tem nada concreto. Inclusive, o Fonasefe produziu um documento sobre isso, mas mesmo que fosse real não ajudaria em nada porque somente a inflação de 2022 é de 7,1%.”


Sobre o Comando Local de Mobilização, a diretora Celeste Pereira informou que a agenda aprovada na última Assembleia Permanente foi cumprida. Os e as docentes têm mantido o indicativo de greve, ampliado o esforço de mobilização e atuado na agenda de atividades proposta pelo Fonasefe. Também foi agendada uma audiência com a reitoria para tratar da questão da transferência das aposentadorias ao INSS (Decreto 10.620) e uma reunião com as demais entidades representativas da UFPel para a próxima semana. O CLM tem, ainda, realizado encontros em unidades acadêmicas para a elaboração de um dossiê. 


“É importante lembrar que o Sindicato Nacional já tem uma ação alegando inconstitucionalidade dessa medida de transferência das aposentadorias ao INSS e a gente está entrando com uma ação também, por orientação do ANDES-SN”, frisou Celeste. 


Mobilização e greve

Conforme ressaltou a presidenta da ADUFPel, assim que foram abertos os debates sobre a pauta central, a pressão dos servidores tem garantido resultados e por isso é tão importante a continuidade do movimento. “A gente tem visto a construção da mobilização se misturar com as eleições e isso acaba por desmobilizar a categoria. O ideal é que essas duas coisas não se misturem. (...) Se a gente não lutar, vai perder o que ainda tem de garantia. O rolo compressor está passando muito forte”. 


Durante as intervenções, docentes também enfatizaram que é fundamental permanecer marcando posição na perspectiva de construção da greve unificada nacional. A situação nas universidades, apesar de calendários tão distintos, apontam para um cenário muito semelhante, de precariedade estrutural e das relações de trabalho, que tem se agravado durante o retorno presencial. Questões que resultam, principalmente, da falta de investimentos em educação. Segundo dados do Instituto de Estudos Socioeconômicos, divulgados em 11 de março de 2022, em três anos, o governo Bolsonaro cortou R$ 6 bilhões do Ensino Superior.


Muitos dos anseios foram compartilhados pelos professores e professoras durante a Assembleia, principalmente sobre qual deve ser o papel da universidade como espaço de trabalho e formação. Docentes confidenciaram que estas e outras questões, que inclui a preocupação de como suprir as expectativas dos estudantes e da sociedade, impactam na saúde mental. 


Encaminhamentos 

Diante do que foi debatido, a Assembleia da ADUFPel definiu encaminhar ao Setor das IFES as seguintes deliberações, aprovadas por unanimidade: 

1. Manter a posição da AG de construção da greve nacional dos SPF, em acordo com a agenda de mobilização do Fonasefe; colocar na rua uma agenda com a pauta de mobilização da educação; indicar dias de mobilização/paralisação em defesa dos direitos dos trabalhadores e a defesa da universidade pública. 

2. Atuar fortemente na construção da pauta local de mobilização, através do Comando Local de Mobilização e da organização das entidades representativas da categoria.


Assessoria ADUFPel 

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