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Calendário acadêmico e trabalho remoto voltam a ser debatidos em Assembleia da ADUFPel

Em nova sessão da Assembleia Geral (AG) Permanente da ADUFPel-SSind, ocorrida na tarde desta sexta-feira (12), de forma virtual, docentes voltaram a conversar sobre o calendário acadêmico 2022 da UFPel e a debater questões relacionadas ao trabalho docente. 


A pauta foi invertida para primeiro tratar do trabalho remoto durante o período pandêmico. Partindo do que vem sendo debatido coletivamente entre os três segmentos da UFPel, formado por docentes, técnico-administrativos e estudantes, a diretora e coordenadora do Grupo de Política Educacional da Seção Sindical, Valdelaine Mendes, apresentou uma proposta de texto construído a partir dos registros colhidos dos relatos de docentes nas assembleias anteriores, nos grupos de trabalho da Seção Sindical, nas rodas de conversa e em outros espaços de diálogo e discussão sobre o trabalho remoto realizado na Universidade. 


O documento, que busca indicar elementos daquilo que foi constatado pela categoria ao longo dos últimos dois anos de trabalho remoto, após sugestões e mudanças, será reunido a outros pontos levantados pelos demais segmentos da Universidade, resultando em um texto único conjunto que será encaminhado à Reitoria antes da reunião do Conselho Coordenador do Ensino, da Pesquisa e da Extensão (Cocepe), que irá referendar o calendário acadêmico. 


“Nosso objetivo é construir um documento que indique elementos que mostram um pouco do que foi o que aconteceu ao longo desses dois anos de trabalho remoto. Nós inicialmente pensamos em fazer uma avaliação mais detalhada de todo esse processo, mas chegamos à conclusão de que não temos estrutura e pessoal, mas temos um acúmulo das discussões que nos permitem levantar uma série de elementos e aspectos sobre esses dois anos de trabalho”, destacou Valdelaine. 


Calendário acadêmico

O calendário acadêmico de 2022, que vem sendo pautado nas Assembleias da categoria desde o dia 28 de setembro, voltou à discussão. A partir das propostas divulgadas pela Reitoria, os e as docentes elencaram alguns pontos identificados como problemáticos e frágeis. 


Das questões reforçadas na Assembleia, apontaram que a Reitoria tem tomado decisões atropeladas, sem respeito aos projetos político-pedagógicos. Ainda, ressaltaram que o calendário deve atender os princípios originados das discussões docentes. 


“O que nós temos ouvido é que precisamos preparar o ano que vem, precisamos organizar os próximos semestres, mas nós estamos terminando o semestre de forma atropelada, com tudo que vivemos ao longo desses dois últimos anos, principalmente em função da própria pandemia. Não sabemos como vamos estar porque estamos em estado de alerta em Pelotas. Eu penso que as duas propostas têm problemas”, apontou a presidente da ADUFPel, Regiana Wille.

A professora ainda atentou sobre a sobrecarga de trabalho. “Da mesma maneira, nós não podemos permitir sermos atropelados. Nós vamos adoecer. Nós já estamos doentes. São duas propostas que não condizem com aquilo que nós colocamos e tentamos discutir e repercutirão sobre os percursos pedagógicos e sobre o trabalho docente pelos próximos anos. São duas formas aligeiradas de tentar resolver um problema que não é fácil de resolver”. 


Relembre

O desenho de uma primeira proposta de calendário chegou ao conhecimento do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE) no mesmo dia da AG de 28 de setembro, que apontou elementos preocupantes em relação à concepção. Na ocasião, após ampla discussão, os presentes deliberaram pela constituição de uma comissão responsável por se debruçar sobre o assunto. As considerações do grupo foram apresentadas no dia 15 de outubro, em nova AG. 


Foram destacadas a insistência burocrática de reconceituação de hora-aula em hora-relogio e aprovadas diversas propostas que reafirmam o artigo da resolução vigente sobre carga horária didática que reflete de forma consistente o que a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) preconiza. O debate resultou na construção de um documento, divulgado pela ADUFPel aos sindicalizados e sindicalizadas e encaminhado à administração central da UFPel. 


A partir dele, de forma equivocada, o nome da Seção foi vinculado sem fundamento a uma das propostas de calendário, já que apenas alguns poucos elementos apontados no documento, aprovado na assembleia do dia 14 de outubro, foram considerados. Em nota, publicada no dia 4 de novembro, a diretoria da ADUFPel se pronunciou sobre o ocorrido e reiterou a necessidade de uma consistente e transparente avaliação do trabalho realizado na UFPel, nestes dois últimos anos, para que seja possível construir um planejamento que vá ao encontro dos propósitos de uma universidade pública.


Em 9 de novembro, uma nova nota foi publicada pela entidade, na qual foi frisada novamente que a ADUFPel não organizou qualquer proposta de calendário acadêmico, conforme dito pela pró-reitora de ensino, ao afirmar, em diversas instâncias, que a proposta 3 de calendário teria sido. 


“Nós não sugerimos nenhum calendário, até porque não haviam sido consideradas todas as questões que discutimos em Assembleia e, inclusive, mostramos uma projeção de como o calendário ficaria e que nós iríamos até 2027 sem um calendário organizado, porque não há condições de fazê-lo sem levar em consideração vários elementos. Nós estamos preocupados com a formação, com os direitos de professores e professoras, de técnicos e técnicas e também de discentes”, salientou Regiana. 


Encaminhamento da Assembleia

Após um extenso debate e diante do que foi apresentado pela Reitoria, a Assembleia Geral Permanente da ADUFPel deliberou por um posicionamento seguindo duas linhas. A primeira de denúncia, na mesma linha já expressa em manifestações da diretoria, que englobe o desvio das questões essenciais e expresse claramente de que a categoria não tem compromisso com o plebiscito imposto pela Reitoria sem oportunidade de debate e sem um processo prévio de avaliação. 


Na segunda linha, buscará reforçar o conjunto de fundamentos postos na Assembleia, pela continuidade da luta em relação às decisões que precisarão ser tomadas acerca do calendário acadêmico presencial, com base no projeto político-pedagógico, pensando nas condições de trabalho e sanitárias, incluindo a atuação em direção ao Cocepe, a partir de uma profunda avaliação sobre o processo desenvolvido na UFPel durante a pandemia. 


Mobilização em 20 de novembro

Por último, a AG aprovou a participação no ato do 20 de novembro em Pelotas. A manifestação contrária à PEC 32, da Contrarreforma Administrativa, e pelo Fora Bolsonaro ocorrerá conjuntamente à marcha do Dia da Consciência Negra, que é construída e conduzida pelo movimento negro e, como nos anos anteriores, homenageará a Mestre Griô Silrley Amaro, falecida em 2020.


Durante a próxima semana, todas as informações sobre o ato serão divulgadas no site e redes sociais da ADUFPel. 


Assessoria ADUFPel 

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